Perdi a conta de quantos grupos de WhatsApp já fui incluído e de quantos já saí de fininho. É grupo de família, do trabalho, de amigos da infância, de projetos pessoais e de profissionais também.
Não sei quanto tempo tem, mas naqueles dias comecei a receber áudios com o famoso “hoje é dia de maldade”. Era engraçado. Mudavam os temas de acordo com os grupos e, sempre puxando para o exagero, dava para rir e para ficar um pouco horrorizado também. Hoje, exatamente hoje, deveria ser dia de maldade. Deveria ser dia de muita mensagem nos grupos dos leitores atleticanos, mas a maldade já foi feita. E feita com requintes crueis.
A diferença que o Atlético precisa retirar do Unión Santa Fe é bem grande para um time que parece mergulhado em uma crise técnica, tática e de confiança. Seria dia de maldade.
Claro que é possível acreditar em algo sobrenatural, mas é preciso entender que o time em campo não tem sido nada extraordinário. Exigir empenho e plenos pulmões do torcedor é maltratar quem se doa para o clube e sempre espera algo de quem está no gramado.
Dudamel vai precisar do jogo de exceção, do jogo que o time não faz há muito tempo. O milagre para ser suficiente precisa ser ainda superior aos milagres da Copa do Brasil e da Libertadores e não é preciso muito para ver as diferenças daqueles times para o atual.
Alterar linha de defesa; esticar laterais, criar muito por dentro e pelos lados e ter um aproveitamento histórico na carreira de todos os atacantes. Será preciso isso e talvez uma ou outra pitada de sorte e de erro dos adversários.
Eliminado ou não da Sul-Americana logo mais, o reencontro do torcedor com o time renova a chance de reflexão. O time, ainda que recém formado, precisa render mais. É preciso acertar mais rápido o encaixe dos jogadores, as linhas de marcação e os pés nas finalizações.
O torcedor, aquele que sonha e acorda pensando no Galo, precisa ver em campo a evolução. Chega de maldade.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.